Arquivo mensal: março 2011

CÁLICE!

Uma data para nunca ser esquecida (para que não volte nunca). Em 31 de março de 1964, um conjunto de eventos culminou no golpe militar que submeteu um regime militar (sic) no governo do Brasil. Não vivi essa época, meus pais nasceram nessa época e meu avós viveram essa época. Pelo que já estudei sobre, que nunca mais isso venha a acontecer. Na minha 8º série (há muito tempo, hein?) fiz um trabalho sobre as músicas de protesto da época. Até hoje me lembro da música que escolhi: Cálice – Chico Buarque e Milton Nascimento (composição: Chico Buarque e Gilberto Gil). Vejam o vídeo e a letra da música e entendam o contexto a qual está inserida:

Link do clipe da música que eu não consegui colocar aqui (????)

http://www.youtube.com/watch?v=vWxxVt_Tbd8

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue…(2x)

Como beber
Dessa bebida amarga
Tragar a dor
Engolir a labuta
Mesmo calada a boca
Resta o peito
Silêncio na cidade
Não se escuta
De que me vale
Ser filho da santa
Melhor seria
Ser filho da outra
Outra realidade
Menos morta
Tanta mentira
Tanta força bruta…

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue…

Como é difícil
Acordar calado
Se na calada da noite
Eu me dano
Quero lançar
Um grito desumano
Que é uma maneira
De ser escutado
Esse silêncio todo
Me atordoa
Atordoado
Eu permaneço atento
Na arquibancada
Prá a qualquer momento
Ver emergir
O monstro da lagoa…

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue…

De muito gorda
A porca já não anda
(Cálice!)
De muito usada
A faca já não corta
Como é difícil
Pai, abrir a porta
(Cálice!)
Essa palavra
Presa na garganta
Esse pileque
Homérico no mundo
De que adianta
Ter boa vontade
Mesmo calado o peito
Resta a cuca
Dos bêbados
Do centro da cidade…

Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
Pai! Afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue…

Talvez o mundo
Não seja pequeno
(Cale-se!)
Nem seja a vida
Um fato consumado
(Cale-se!)
Quero inventar
O meu próprio pecado
(Cale-se!)
Quero morrer
Do meu próprio veneno
(Pai! Cale-se!)
Quero perder de vez
Tua cabeça
(Cale-se!)
Minha cabeça
Perder teu juízo
(Cale-se!)
Quero cheirar fumaça
De óleo diesel
(Cale-se!)
Me embriagar
Até que alguém me esqueça
(Cale-se!)

 

Que a juventude de hoje, mesmo não tendo vivido essa época, saiba reconhecer a própria história do país.

 

Deputado Federal Tiririca vira herói em game para o Facebook

<<< Essa é pra vocês!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: G1

Petrobras diz que preço do petróleo deve subir, mas gasolina não

Fonte: G1

Como água e não como fogo

Alguém acompanha podcast’s? Eu acompanho alguns. É basicamente um programa de rádio, disponível na internet, que você pode baixar e escutar a hora que você quiser. Um desses podcast’s que acompanho é o Café Brasil, do Luciano Pires. Um podcast que trata de assuntos diversos e tem como objetivo provocar, inspirar, inovar e transformar. Um podcast de excelente qualidade. Pois bem, o episódio do podcast em questão ao qual estou escrevendo esse post, aqui no meu humilde bloco de reflexões (blog), é o entitulado “grana” no qual o Luciano Pires comenta (responde) um e-mail de um ouvinte.

O podcast Café Brasil é patrocinado pelo Itaú e o Luciano trata de deixar isso claro no início do episódio. O ouvinte gerador do episódio, mandou um e-mail para o Luciano questionando-o sobre qual será a postura do apresentador do Café Brasil quando um fato ruim, que porventura venha a acontecer, esteja ligado ao patrocinador do podcast. Fazendo uma analogia com fogo e água, Luciano deu uma bela de uma resposta, das mais inteligentes possíveis, ao seu querido ouvinte. Disse que não devemos enfrentar o sistema como um fogo, pois somos percebidos de longe pelo cheiro da fumaça e sim enfrentar esse sistema como água, contornando obstáculos e seguindo seu fluxo, atingindo objetivos.

O e-mail foi sim muito provocante. É um assunto delicado para todas as pessoas em qualquer posição profissional: até que ponto você pode tolerar as situações sem que isso vá contra seus valores? Quantas vezes já vi amigos meus, em diversas posições profissionais, não se pronunciarem sobre determinados temas porque envolvem organizações pelas quais trabalham? Estão errados? Lógico que não! Como o próprio Luciano disse, não criticar não significa defender. Há de se analisar todo o contexto que envolve o seu posicionamento quanto a determinados temas, pois muitas vezes isso representa o seu sustento e de sua família.

Haja como água, infiltre-se no sistema, contorne os obstáculos e, aos poucos tente muda-lo à maneira que você acredite que seja certo. Bater de frente produzirá um resultado imediato, chamativo, mas provavelmente não-duradouro.

Brasil 247, o jornal digital para iPad

Resolvi testar o Brasil 247, o jornal digital brasileiro para iPad. É interessante e diferente, mas não entra no meu conceito de jornal. No máximo um tablóide. Vou explicar o porque. Vamos aos prós e contras…

Porque eu disse que o Brasil 247 é, no máximo, um tablóide? Porque o sistema é de fazer download das edições. Tal como as revistas digitais que já estão no mercado (Veja, Exame e outras). Apesar de ser gratuito (espero que não incorra no erro do The Daily em ser pago), não acho esse sistema, de download, como sendo o melhor para um jornal digital. Mas cabe no conceito de tablóide, de revista, algo do gênero.

 

 

 

 

Essa é a capa da edição do dia 18/03/2011. Simples, limpa e bem feita. Gostei.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Você pode optar, como em todo os jornais, navegar exclusivamente nos cadernos que escolher. Para isso, no Brasil 247, é necessário um clique na parte de baixo da tela para selecionar a navegação por entre os cadernos. Nada de novo nisso, mas é legal se você quiser ir direto para um caderno em específico.

 

 

 

 

 

Na capa dos cadernos, a disposição do texto e das imagens dá um foco para a imagem, o visual, o que chama a atenção dos olhos. Eu gostei. Essa é a capa do caderno “Eco”

 

 

 

 

 

 

 

 

Nas matérias, dentro dos cadernos, são textos não muito longos em uma coluna diferente da coluna da foto. É bem simples e fácil de ler. Para a continuidade do texto é só rolar a coluna do texto para baixo.

 

 

 

 

 

 

 

Para ir para uma outra matéria, dentro do mesmo caderno, é que eu achei mais diferente (até um tanto estranho, talvez). A rolagem para uma próxima matéria, até pelo costume da nossa leitura, seria da esquerda para a direita, correto? (pelo menos no lado ocidental do mundo). No Brasil 247, a rolagem para uma outra matéria, dentro do mesmo caderno, se dá para baixo. Eu descobri quase que por acidente. Não é intuitivo, é diferente, me pareceu estranho. Mas acho que vai do costume, não?

 

 

 

A rolagem de uma matéria para outra, dentro do mesmo caderno, achei estranha mas dá pra acostumar. Agora algo que não gostei realmente e é o que faz toda a diferença nesse mundo de redes sociais, é o compartilhamento.Percebam, duas imagens atrás, que há um balãozinho indicando o compartilhamento. Acreditei que aquele balãozinho fosse um botão que, ao ser tocado, iria abrir as opções de compartilhamento. Não! Quando tocamos no balãozinho do compartilhamento estamos tocando na parte superior da tela e, assim como a parte inferior, abre uma barra de ferramentas. Nessa barras de ferramentas tem um botão de compartilhamento que ao ser pressionado, exibe as opções de compartilhamento (Twitter, Facebook e e-mail) (Não vi se tinha como adicionar outras formas de compartilhamento). Não gostei, não é intuitivo, é um tanto quanto feio e, na minha opinião, deveria vim botões de compartilhamento ou ao tocar o balão “compartilhamento” ou abaixo da foto da matéria, em algum outro espaço. Sendo mais intuitivo.

Essa é a visão de uma matéria quando coloca-se o iPad no modo horizontal. Até parece se adequar mais. Precisaria me acostumar para perceber se é melhor ou pior que no modo vertical.

 

 

 

 

Por fim, esse é o layout da Folha de São Paulo para o iPad. Dentre os jornais que leio no iPad, é o melhor layout que já experimentei. Barras na parte central com a divisão entre os cadernos, rolagem lateral (esquerda para direita) dentro de cada barra (caderno) para trocar de matéria. No jornal da Folha para iPad, o sistema de compartilhamento também não me agrada muito.

 

 

 

 

Sabe um sistema de compartilhamento que me agrada? O do MobileRSS (app para leitura de feeds RSS). Simples, intuitivo e não tanto intrusivo.

É isso cambada. O Brasil 247 tá só no início e acredito que deva melhorar muito. Ficam aqui as minhas considerações.

Car Smash – Super Street Fighter

Quem aí já jogou Super Street Fighter? Lembram do bonus que tinha tendo que destruir um carro? Lembram Lembram? Lembram? Ah, vai…diz que lembram e que eu não sou velho :p

Pois bem, um empresário chinês tinha uma Lamborghini “Gallardo” que apresentou um problema no motor após 6 meses dele ter comprado essa belezura. Ninguém resolveu a situação desta pobre alma e ele resolveu fazer isso:

Isso deveria ser considerado, no mínimo, um pecado.

Nem que fosse pra eu só olhar o carro na minha garagem, eu queria ele. Pow, seu China…mandava o carro pra mim, né? :p

Na mesma hora me lembrei do bonus do Super Street Fighter. Eu conseguia faltando 13 segundos.

Vi no Uhull

Carros de corrida

No domingo, em uma volta pela Paulista, adentrei o Conjunto Nacional com a intenção de ir na livraria Cultura que naquele momento se encontrava fechada. Mas no Hall do Conjunto Nacional havia uma exposição se preparando para iniciar. Uma exposição de carros de corrida antigos. Tirei fotos de todos os carros que estavam lá, inclusive da Jordan do Barrichelo (1994), capacetes utilizados pelo Senna e um utilizado pelo Shumi. Muito legal, confiram! Eu gostaria de ter pelo menos um desses carros na minha garagem. Já imaginaram? :p

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Que espécie de homem sou

É necessário agora que eu diga que espécie de homem eu sou. Meu nome, não importa, nem qualquer outro pormenor exterior meu próprio. Devo falar de meu caráter.

A constituição inteira de meu espírito é de sinceridade e bondade. Nada é ou pode ser negativo para mim; o que oscila em torno de mim é uma certeza para comigo mesmo. Uma certeza que ora vai, ora volta. Tudo para mim é coerência e evolução. Tudo é mistério e tudo está cheio de significado. Todas as coisas são ˜desconhecidas”, simbólicas do Desconhecido. Em consequência, o amor, o mistério, o medo por demais inteligente.

Pelas minhas próprias tendências naturais, pelo ambiente que me cercou a infância, pela influência dos estudos realizados sob impulso delas (dessas mesmas tendências), por tudo isso meu caráter é da espécie interiorizada, concentrada, muda, por vezes não auto-suficiente e por vezes perdido em si mesmo. Toda a minha vida tem sido de passividade e sonho, por hora um tantinho de impulsividade para atiçar os sonhos. Todo o meu caráter consiste na bondade, na sinceridade, na capacidade que invade tudo o quanto em mim existe, física e mentalmente, para atos decisivos, para pensamentos definidos. Nunca tive uma decisão nascida sem a mistura de 40% razão e 60% coração, nunca uma denúncia exterior de uma vontade consciente. Todos os meus escritos, que são poucos, foram acabados; sempre novos pensamentos davam “asas” a novos escritos, associações de ideias extraordinárias e inexcluíveis, de término infinito. Não posso evitar o amor que têm meus pensamentos de ir até o fim; a respeito de uma simples coisa, surgem dez mil pensamentos e milhares de interassociações com esses dez mil pensamentos e não tenho vontade de eliminá-los ou detê-los, e sim reuní-los em um pensamento central, onde os seus pormenores sem importância mas associados não devem se perder.

Introduzem-se em mim; não são pensamentos meus, mas pensamentos que passam através de mim. Pondero um pouco, mas sonho muito mais; me sinto inspirado, deliro. Não sei pintar e nunca pintei, não sei compor música e nunca compus. Estranhas concepções em três artes, amáveis afagos de imaginação acariciam meu cérebro; não os deixo ali, dormitando até que morram, pois tenho o poder de corporificá-los, de torná-los coisas do mundo exterior.

O caráter de minha mente é tal que ama o começo e os fins das coisas, porque são pontos definidos. Aflige-me a ideia de que não se descobrir uma solução para os mais altos e mais nobres problemas de ciência e filosofia; horroriza-me a ideia de que algo não pode ser determinado por Deus ou pelo mundo. Enlouquece-me a ideia de que as coisas mais momentosas não possam realizar-se, de que os homens não pudessem ser felizes um dia, de que não encontrasse uma solução para os males da sociedade, nas suas concepções. Portanto, não sou mau nem cruel; sou louco e isso dum modo difícil de conceber.

Embora não tenha sido um leitor voraz e ardente, lembro de alguns livros que tenha lido a tal ponto eram minhas leituras estados de minha própria mente, sonhos meus, e mais ainda provocações de sonhos. Minha própria recordação de acontecimentos, de coisas exteriores, é completa, e sempre coerente. Estremeço ao pensar quão conservo em mente do que tem sido minha vida passada. Eu, o homem que afirma que o hoje é um sonho, sou mais do que uma coisa de hoje.

Adaptado de Fernando Pessoa.

O Brasil aos olhos do mundo

A Roberta Furtado postou no Sucesso News um vídeo com uma reportagem da CBS, da tv americana, sobre o Brasil. Um mini documentário de como somos visto lá fora. O que mais me incomoda é que os brasileiros são vistos como tolerantes à corrupção. O famoso “jeitinho brasileiro” que parece ser solução, nos traz grandes mazelas.

A economia brasileira está se tornando mais influente no mundo. É uma das economias emergente do mundo. Estamos ao passo de ultrapassar França e Inglaterra, mas dentro dos BRIC’s (Brasil, Rússia, Índia e China), na minha concepção, somos os últimos. Muito deve ser feito, a começar por nós, brasileiros. Maior comprometimento com nossa produção, menor tolerância para com a corrupção, maior preocupação com o verdadeiro desenvolvimento do país (educação).

Deem uma olhada na reportagem:

Que os brasileiros se espertem e que façamos algo para mudar nosso comportamento e assim mudarmos nossa imagem no mundo. Apesar da nossa economia, ainda somos vistos como um povo “desleixado”, no mínimo. O Brasil é um país sério, sim!

Cotas raciais

Entrando em um tema polêmico, hein Maick? Minha opinião é muito clara a respeito de cotas raciais: desnecessária e incentiva a discriminação. Não devem existir cotas raciais, e sim cotas econômicas, pois a condição econômica sim, prejudica o desenvolvimento da pessoa. Porque? Principalmente por causa do acesso a uma boa educação. Não interessa se a pessoa é branca ou negra, se não tem condições de ter acesso a uma boa educação, sofrerá no decorrer da sua vida.

Na revista Veja dessa semana, Walter Williams, norte-americano, economista, afirma que as ações afirmativas prejudicam os negros ao reforçar estereótipos de inferioridade. Para Walter, a liberdade econômica é a “arma” contra a desigualdade social. Vou colocar alguns trechos da entrevista dele concedida à Veja:

“Os negros, em geral, estão muito melhor agora do que há meio século. Mas os negros mais pobres estão pior.”

“Houve um tempo em que não existiam jogadores de basquete negros nos Estados Unidos. Hoje, sem cota racial nem ação afirmativa, 80% são negros. Por quê? Porque são excelentes jogadores. Se os negros tiverem a mesma habilidade em matemática ou ciência da computação, haverá uma invasão deles nessa área. Para isso basta escolas, boas escolas, grandes escolas. Há um aspecto em que as ações afirmativas são até prejudiciais. Thomas Sowell, colega economista, tem um estudo excelente sobre o assunto. Mostra como os negros se prejudicam com a política de cotas raciais criada pela disputada escola de engenharia do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das mais prestigiosas instituições acadêmicas dos Estados Unidos. Os negros recrutados pelo MIT estão entre os 5% melhores do país em matemática, mas mesmo assim precisam fazer cursos extras por alguns anos. Isso acontece porque os brancos do MIT estão no topo em matemática, o 1% dos melhores do país. Os negros, mesmo sendo muito bons, estão abaixo do nível de excelência do MIT. Mas eles podiam muito bem estudar em outras instituições respeitáveis, onde estariam na lista dos candidatos a reitor e sem necessidade de cursos especiais. Por causa de ações afirmativas, muitos negros estão hoje em posição acima do seu potencial acadêmico.”

“A melhor coisa que os brasileiros poderiam fazer é garantir educação de qualidade. Cotas raciais no Brasil, um país mais miscigenado que os Estados Unidos, são um despropósito. Além disso, forçam uma identificação racial que não faz parte da cultura brasileira.”

“O baixo número de físicos, químicos ou estatísticos negros nos Estados Unidos não resulta da discriminação, mas da má formação acadêmica, que, por sua vez, também não é produto da discriminação racial.”

A entrevista do Walter Williams, mostra qual é caminho: educação. É isso! E antes que alguém venha dizer algo sobre o entrevistado da Veja, ele é negro.